Banzé, na linguagem popular significa confusão, algazarra, balbúrdia. E é dentro deste clima divertido, ingênuo, entre tramas inquietas e barulhentas que a comédia acontece. A aventura se passa na cidade fictícia de Engenho Novo, contando a divertida aventura de Zé Tico, um caipira, bicho do mato, envolvido em mil trapalhadas com Joca, seu patrão – o dono do armazém local – e a sobrinha dele, bela e atrapalhada moça que chega do Rio de Janeiro contaminada pelos modismos da então Capital Federal. O sacristão da igrejinha e o coronel mandão da cidade completam os personagens da peça. Um texto direto, elucidativo, cheio de surpresas e informações importantes sobre um período marcante de nossa história: a década de 1920, do pós-guerra, do momento em que o país se reencontra com sua nacionalidade, com seus valores mais caros, suas dificuldades em encontrar o seu próprio caminho na economia, na vida social, na arte e na cultura. “Banzé na Roça” foi escrito especialmente para os atores de uma oficina ministrada por Caio de Andrade, durante 4 meses, na cidade de Lorena, onde o espetáculo aconteceu.