Estão abertas as inscrições para as Oficinas do TEATRIM 2024!
Desde 2013 (então no Teatro Teresa D’Ávila), o dramaturgo, diretor, roteirista e produtor Caio de Andrade ministra oficinas em Lorena. Após mais de trinta anos morando no Rio de Janeiro, onde forjou sua premiada carreira, o dramaturgo iniciou uma jornada de cursos em artes cênicas que já contemplou mais de quinhentos alunos, em onze anos de existência. Hoje, as aulas são ministradas no TEATRIM CULTURA & ARTE, espaço idealizado e fundado pelo diretor.
Todos os anos dois temas (um para o público adulto e outro para a garotada) são escolhidos para dar base aos estudos na área de atuação que duram onze meses – iniciando em fevereiro e terminando em dezembro -, com a montagem de espetáculos que serão criados, ensaiados e apresentados no final do ano.
Nas OFICINAS DE ATUAÇÃO você vai conhecer o método criado e aperfeiçoado pelo Caio de Andrade ao longo dos ONZE anos de trabalho com futuros atores, através de um primeiro encontro com a literatura em prosa (o que chamamos de “trabalho de mesa” lendo, comentando e interpretando uma obra da literatura ou um tema previamente escolhido), que aos poucos vai ganhando contornos de literatura dramática, transformando-se no texto teatral adaptado por Caio de Andrade, que será encenado no final do ano. Todo o processo do surgimento das personagens, das tramas do texto, da saída da mesa para o palco (quando começam os ensaios da peça), passando pela chegada do cenário, dos figurinos, da iluminação, enfim, todo o processo de montagem de um espetáculo.
Se você está interessado na OFICINA DE DRAMATURGIA vamos decifrar, entender, organizar metodologicamente como adaptar um “texto não dramático” – inspirado em um romance, conto, crônica, poema ou outro material literário – em um “texto teatral”. Outro caminho é revisitar textos clássicos da dramaturgia universal e a partir de uma leitura mais atenta, esmiuçada, abrangendo não só a obra, mas igualmente o dramaturgo e sua época, construir um texto em várias mãos inspirados no que chamamos “texto-matriz”. A formatação dos diálogos, a função de cada cena, a importância e a dinâmica de cada personagem, enfim, como criar seu próprio texto.
Em 2024 vamos dar continuidade a uma nova categoria de encontros iniciada em 2022: a RODA DE TEATRO, espaço reservado para interessados em artes cênicas, com mais de cinquenta anos. Mais informações na sequencia.
As famosas “Rainhas do Rádio” como Marlene, Emilinha Borba, Dircinha Batista, Dalva de Oliveira, Ângela Maria entre outras beldades que entre os anos 1930 e 1950 encantaram milhões de pessoas em todo país, juntamente com cantores icônicos como Vicente Celestino, Francisco Alves e Mário Reis, dividiram a grande explosão da radiofonia no Brasil com outra atividade artística que se tornou uma febre entre os ouvintes: a radionovela.
A primeira transmissão de rádio no Brasil foi ao ar em 7 de setembro de 1922. Porém, o veículo demorou a se tornar popular, em razão do preço do aparelho e a demora na implantação de retransmissoras. Quando as dificuldades físicas foram superadas, a forma encontrada para popularizar sua programação foi lançar mão do mesmo recurso que os jornais, quando da invenção da imprensa escrita: a narrativa folhetinesca. Radionovela é, portanto, um tipo de drama radiofônico no formato de um folhetim sonoro. Foram fundamentais para que a história do rádio brasileiro se configurasse. Elas estimularam a imaginação dos ouvintes e projetaram uma série de rádio-atores que, posteriormente, migraram para a televisão.
Eram comuns os inúmeros esquetes teatrais presentes nos mais variados programas das emissoras de rádio brasileiras. Na própria Rádio Nacional, desde o fim da década de 1930, era apresentado todos os sábados o “Teatro em Casa”, que consistia na radiofonização de uma peça teatral. As adaptações de tramas internacionais perdurariam por anos, sobretudo das cubanas: o maior sucesso em radionovela de todos os tempos foi “O Direito de Nascer” (1951), do cubano Félix Caignet, que ficou três anos no ar e que chegou a ser chamada de “O Direito de Encher”. Entre os brasileiros pioneiros na radiodramaturgia, estão Oduvaldo Vianna, Amaral Gurgel e Gilberto Martins. Em seguida, vieram Dias Gomes, Mário Lago, Manoel Carlos, Janete Clair e Ivani Ribeiro. Muitos se imortalizaram escrevendo para outro gênero, a telenovela.
É nesse mundo que vamos mergulhar em 2024. Cantores, compositores, apresentadores de programas de auditórios e, claro, das famosas rádionovelas, preparando, para o final ano, uma comédia-musicada bastante informativa e muito bem-humorada!
Bem-vindos à história da Rádio no Brasil!
1929 – ano que começa nossa história – foi tortíssimo. A população brasileira era de 37 milhões de pessoas; 70% delas vivendo no campo. O mundo estava em polvorosa com a quebra da Bolsa de valores de Nova York e o Brasil não ficou atrás. Quase 600 fábricas são fechadas em São Paulo e no Rio de Janeiro por falta de compradores para seus produtos. As indústrias que restam apelam para demissões em massa. A situação política se agrava a cada minuto e uma revolução parece estar prestes a acontecer. Foi neste ano macabro que o jovem advogado Lupércio Amado – filho de um temido e renomado político nordestino – resolve se casar com Cândida Aurora, filha de uma não menos rica e poderosa família sergipana, comprometida com o rapaz desde o berço.
Lupércio morava no Rio de Janeiro. Veio estudar na capital e reforçar seus contatos com o governo federal. Tem tudo para dar continuidade às façanhas políticas da família, que manda e desmanda em boa parte do nordeste brasileiro.
Candinha – como nossa heroína é conhecida em família – também está no Rio. Veio trazida pela mãe com a desculpa de reforçar o enxoval. Mentira. Foi trazida para não levar adiante a paixão proibida por um agregado do pai fazendeiro, Lívio Bruno, que também se apaixonara por ela.
Já em 1930, no momento em que a revolução está prestes a estourar, Candinha é levada de volta para a fazenda dos pais a fim de fugir das possíveis atrocidades de uma eminente guerra civil. O que ela, a mãe e nem Lupércio sabiam é que a situação no Sertão do Nordeste não estava menos apavorante: bandos errantes organizados, que não conheciam outra lei senão as de seus próprios chefes promoviam roubo de terras e de outros bens, assalto ao poder, chefiados por homens conhecidos como Corisco, Volta seca e o mais temido de todos: Lampião – é o apogeu do cangaço.
Vamos ver como Lupércio vira refém na mão dos cangaceiros; como o pobre, pacato e bem intencionado Lívio Bruno se transforma no temido Leão do Sol – um dos chefes mais poderosos da jagunçaria – e como a doce Candinha vira Cândida da Lua, uma mulher valente que entra para o cangaço para defender seu grande amor e as causas em que passa a acreditar.
Baseado nessa história contada & cantada por inúmeros trovadores populares, os conhecidos “repentistas”, que em forma de cordel encantavam uma legião de ouvintes nas feiras livres e festas dos santos padroeiros pelos quatro cantos do Nordeste, vamos adentrar no mundo de grandes escritores e dramaturgos como Graciliano Ramos e Ariano Suassuna em busca e inspiração para montar nosso espetáculo de 2024.
• Um texto célebre, um dramaturgo notável e muitos outros temas ligados ao teatro.
• O tema é explanado pelo orientador (Caio de Andrade) e em seguida a roda se abre a perguntas e contribuições.
• Uma vez por semana em duas horas.
“William Shakespeare foi um grande escritor inglês. Considerado o poeta nacional da Inglaterra e o maior dramaturgo da literatura universal.”
O enunciado promete e essa é a ideia: conhecer um pouco mais da vida e da obra de Willian Shakespeare para quem admira o dramaturgo mas nunca se aproximou com maior atenção da sua obra.
Em 2024 vamos continuar nosso mergulho no universo do bardo inglês, lendo trechos de suas principais peças, pesquisando mais sobre sua vida, sobre o Teatro Elisabetano, o momento histórico, social e político que o cercava e que o inspirou na construção de uma obra tão definitiva.
A mais antiga das oficinas do Teatrim começou há sete anos, mesmo antes de Caio de Andrade oficializar as aulas no Teatro Teresa D’Ávila. Os encontros aconteciam na sua casa. A partir da pandemia mudaram para o ambiente digital e desde então seguem assim. Arthur Azevedo, Ibsen, Federico Garcia Lorca e muitos outros criadores e suas obras já serviram de inspiradoras fontes para que os dramaturgos praticantes levantem, com a supervisão de Caio de Andrade, textos teatrais inéditos, escritos a muitas mãos. Um exercício instigante cuja prática vai aperfeiçoando o método e moldando as diferenças entre os escritores que vão, pouco a pouco, descobrindo o seu próprio estilo ainda que, curiosamente, participem da construção de uma mesma história farejando o mesmo autor ou sua obra.
Anton Tchekhov é, atualmente, a nossa fonte cristalina (e turva) de emoções profundamente humanizadas que nos encanta, comove, assusta e inspira. Se você nunca participou de um projeto de dramaturgia ou não conhece a obra do russo, mas tem vontade de encarar o desafio, não se acanhe. O único pré-requisito é ter interesse na escrita teatral e no universo dos grandes dramaturgos.
Se você está interessado nas oficinas e uma das turmas se adequa ao seu horário, preencha a ficha de pré-inscrição abaixo.
Após realizar a inscrição você vai receber um WhatsApp de confirmação e será convidado para um bate-papo online com o professor, pra você tirar dúvidas sobre a oficina que ainda não foram sanadas.
INVESTIMENTO
Dramaturgo, diretor, produtor e roteirista, mora em Lorena, sua terra natal, para onde voltou após construir prestigiada carreira no Rio de Janeiro. Escreveu mais de cinquenta textos, encabeçou projetos de grandes reformas em dois importantes teatros da cidade, foi Secretário Municipal da Cultura, tem três livros publicados com textos teatrais e em 2019, abriu seu próprio espaço, o Teatrim Cultura e Arte, que abriga oficinas de atuação e dramaturgia, promove festivais, mostras e abre espaço para novos talentos da região. Trabalhou na TV Manchete e, em Buenos Aires, assinou a adaptação do projeto de teledramaturgia infantojuvenil “Chiquititas” para o Brasil. Criou e desenvolveu o vitorioso “História Em Cena”, projeto de formação de plateia no Centro Cultural Banco do Brasil – Rio, que provocou um convite da Universidade de Londres para participar de encontros sobre teatro-educação. Vencedor dos Prêmios Maria Clara Machado, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Coca-Cola e finalista três vezes ao Prêmio Shell, como dramaturgo. Participou de festivais nacionais (Curitiba, Porto Alegre, Angra dos Reis, entre outros) e vários encontros internacionais: Festival de Viena (Áustria), Festival Iberoamericano de Cádiz (Espanha), Festival de Buenos Aires (Argentina), Cruze de Escenas de Las Palmas de Gran Canária (Espanha), além de encontros com companhias inglesas em Londres e Stratford-upon-Avon.
TEATRIM CULTURA E ARTE é o espaço criado e dirigido por Caio de Andrade que fica em Lorena-SP.
Entre e saiba mais sobre o teatro: www.teatrim.com.br
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