Ternas, Eternas Serestas

(1991)

O espetáculo nasceu de um desejo: ouvir a potente voz de um dos maiores artistas líricos do país cantando canções populares, serenatas que o próprio barítono já havia gravado, mas nunca cantado em público. Paulo Fortes tinha 86 óperas em seu repertório (sem contar as operetas e comédias musicadas), cantou ao lado de lendas como Maria Callas, Renata Tebaldi, Beniamino Gigli, foi contratado do Teatro Comunale di Firenze, fez programas de rádio, filmes e vários programas de televisão, mas faltava encontrar o seu público para relembrar os tempos quando, ao lado do pai, apaixonado por serestas, cantava sucessos como “Deusa da Minha Rua”, “Guacyra”, “Arranha-Céu”, “Eu sonhei que tu estavas tão linda”, “Lua Branca”, além de boleros como “La Barca”. Completava o show uma seleção de músicas italianas, como “Mattinata” e “Torna a Surriento”. Acompanhado por quatro músicos, Paulo Fortes contava, ainda, com a graça e o talento da dançarina flamenca Vera Alejandra, com quem dividia o palco quando soltava sua voz em sucessos do cancioneiro andaluz. O espetáculo estreou no Rio de Janeiro, no Teatro Rival e depois fez temporadas em Brasília e Belo Horizonte, além de cidades do interior dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

• Paulo Fortes (Com a participação de Vera Alejandra)

• Direção Geral: Caio de Andrade
• Roteiro: Paulo Fortes, Caio de Andrade, Ubirajara Cabral
• Arranjos e Direção Musical: Ubirajara Cabral
• Iluminação: Paulo César Medeiros
• Cenário: Greice Cohn
• Figurinos: Sonaia Hermida
• Design Gráfico: Felipe de Botton
• Produção Executiva: João Elias Jr.
• Direção de Produção: Daniel Carvalho
• Realização: Imagem Jees Arte

MÚSICOS

•  Teclados: Hélio Moreira
•  Violoncelo: Caio Benévolo
•  Flauta: Andrea Ernest Dias
•  Violão: Alfredo Machado

• Teatro Rival
• Teatro Laura Alvim
• Excursão nacional

“O espetáculo foi inventado para ser exibido por poucas semanas, no Rio de Janeiro.  Seria um revival dos anos 40, quando Paulo Fortes era o apresentador e intérprete de um programa de boleros, canções italianas e serestas na Rádio Mayrink Veiga. “Eu não esperava tanto” – reage modesto demais, para quem conhece o seu potencial e as 45 noites de casa cheia.”
– Jornal Hoje em Dia – Belo Horizonte

“Acostumado a ouvir “bravo”, depois de apresentações operísticas, Paulo Fortes recebe da plateia o mesmo gesto, como prova de que ouvi-lo cantar as coisas do coração de maneira mais coloquial, com sua voz privilegiada, tem a mesma medida de um concerto em palcos nobres.”
– Diário da Tarde – Belo Horizonte

Ternas, Eternas Serestas é um espetáculo eclético, o qual recorda um pouco o lado popular desse cantor lírico que, nas palavras de Millôr Fernandes (autor do texto de abertura do programa e também do título do espetáculo), “a vida inteira cantou tudo o que lhe veio à garganta”.
– Correio Braziliense – Brasília